17 Pontos
Um dia entrei na escola EB 2-3 Bartolomeu Dias, em Sacavém.
Vinha acompanhado pelos meus pais, mas a 1ª impressão não foi lá muito boa! Parecia ser uma escola cruel, dura, fria e sem pessoas em quem confiar.
O meu 1º dia de aulas, juntamente dos meus colegas, foi embaraçoso e lastimoso.
Mas eu e os meus colegas nunca baixamos os braços e tentamos sempre estar todos unidos e logo desde o início criar uma grande amizade jamais indestrutível.
Os intervalos, por vezes, pareciam não ter fim, nunca se fazia e nada se conversava! Até que um dia eu e o meu melhor amigo João tivemos uma ideia baseada numa série televisiva da televisão que se cahamava os feiticeiros e que n´so adorávamos, construir uma ‘base’, dando asas á nossa imaginação e fazendo dela o nosso intertem para quando não tívessemos aulas e para os intervalos livres.
Mas logo um milhão de questões se colocaram e debateram sobre aquela nossa ideia: Como?, Onde?, Com que instrumentos, entre muitas outras…
Havia uma árvore que se localizava precisamente ao lado do Pavilhão B. Era uma arvora que para mim me transmitia muita paz, felicidade, alegria, harmonia, etc…
Os dois chegamos á conclusão que iria ser aquela árvore a eleita para a nossa futura base.
Logo começamos por arranjar mais amigos para aquele nosso pano, de entre os quais: o Paulo e mais tarde a Inês e a Marlene. Tínhamos como ajudantes a Jessica, a Ana Filipa e etc…
Começamos por fazer umas escadas, utilizando paus que arranjávamos, pois aquela árvore era ligeiramente inclinada e as terras que por ela passavam estavam inclinadas, de tal madeira que umas escadas iriam facilitar uma rápida subida.
Uns traziam água, pois a areia estava bastante seca, outros escavavam e outros limpavam a própria árvore.
A árvore, para mim, era como se fosse um grande amigo ou uma grande conselheira.
Por vezes a natureza não era muito nossa amiga e com as chuvas e os fortes ventos, destruía quase tudo o que nós teríamos feito, mas nós, com uma grande estima á árvore, refazíamos e voltava-mos a fazelo.
Já lá ía o 5º ano e nas férias sentia-se bastante a falta da árvore!
Quando chegou o 6º ano, tivemos todos de por mãos à obra, pois havia muito por fazer!
Foi nesse ano que um grupo de rapazes com idades semelhantes ás nossas que souberam do nosso plano e inventando pertencer á associação de pais para combater contra os alunos destabilizadores, invocando a razão de mandarem, tiraram-nos de lá á força!
Achamos bastante injusto mas não nos queríamos envolver em brigas e resolvemos encontrar outra ‘base’.
Eu encontrei logo mais três situadas por de trás do pavilhão C. Duas eram árvores mas totalmente diferentes da última e a outra base era o canto da escola, por estar com ervas muito grandes e por ter pedras lá por perto, pensamos em reconstruir aquela zona!
Reconstruímos mas as saudades eram tantas que tivemos que ir á luta e á conquista daquela árvore que todavia ainda nos pertencia. Chegamos lá e resolvemos logo o assunto, os rapazes pensaram no mal que tinham feito em ter mentido, pediram desculpas e foram-se embora.
Voltamos a fazer o mesmo, mas eu e o João começamos, então, a fazer a nossa brincadeira e adorávamos!
Por vezes, tínhamos uma grande amiga nossa cujo nome era Lúcia que também brincava connosco, também a Marlene, a Inês e o Paulo.
Chegamos ao 7º ano e fazíamos o mesmo mas chegou o 8º ano e as coisa mudaram de sentido: já éramos mais crescidos e começamos a desinteressarmos pela reconstrução e pelas brincadeiras que nela fazíamos.
Com muita pena minha, no 9º ano, vindo uma grande rajada de vento, a árvores não resistiu e caio, sendo posteriormente cortada.
Para mim a árvore estará sempre no meu coração, tantos nos momentos bons que lá passei como nos momentos menos bons!
Era uma grande árvore!